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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Tic Tac

Alguém pode parar o tempo, por favor?

O silêncio vem como resposta!
Ele é forte, veloz, suas asas são ageis, seus pés indomáveis.
Enquanto o relógio faz seu primeiro tic-tac, suas asas bateram milhares de vezes...
Alguém pode deter o tempo, por favor?
O silêncio continua sendo a resposta!
Tantas coisas pra fazer, tantos sonhos pra realizar, o tic-tac apressa meus passos...
Ando, corro, não posso voar!
O tempo é esperto. Olha pra mim e ri com ironia.
Sim, ele é irônico ao convidar-me pra brincar de pega-pega.
Ele sabe que jamais terei a mínima condição
que seja, de alcançá-lo.

Ele ri! Eu fico sem ar!
Transformo-me em criança que corre pelas ruas acreditando que pode abraçar o ar, alcançar o vento...

Se não posso detê-lo, brinco com ele...
Nesse fast-food temporal tento entender a sua mente!
É complexo demais...
Quando penso ter encontro a fórmula de segurá-lo entre meus dedos, ele escorrega...
Ah! Sr. Tempo...
Vejo que minhas forças se esvaem rapidamente e desespero-me quando percebo que seu fôlego não tem limites.
E nessa brincadeira, nesse pega-pega, eu peço tempo escondendo o relógio e olhando-me no espelho.
É... o tempo voa e se eu não parar pra descansar nessa aventura cheia de adrenalina torno-me um robô e deixo de ser a menina que corre atrás do vento achando que pode detê-lo!
Meu Sr. Tempo é você
Porque sem você não existe futuro nem presente

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